CORREIO DO CIDADÃO Nº 057

divulgado em 24/OUT/98

AUMENTAM OS CRIMES COM ARMAS NA AUSTRÁLIA

Por Selina Steele – The Birsbane Courier Mail - 18/out/98

Os crimes envolvendo armas de fogo dispararam apesar das duras leis impostas após o massacre de Port Arthur.

O número de roubos à mão armada aumentou de 1565 em 1996 para 2188 em 1997 - um salto de 39%, e o número de agressões com armas cresceu de 629 para 806 – um aumento de 28% - é o que nos revela um estudo do Australian Bureau of Statistics

O "lobby" das armas afirma que as restrições às armas só serviram para incrementar o mercado negro.

"Antes da implementação da lei não havia mercado negro para armas longas semi-automáticas", declarou Ron Owen, presidente da Firearms Owners of Australia (NT – Associação dos Proprietários de Armas da Austrália). "Hoje o mercado negro para pistolas e revólveres aumentou dez vezes e, tanto criminosos quanto pessoas comuns recorrem a ele. O mercado negro para metralhadoras no mínimo triplicou".

Existem mais de 320 mil atiradores licenciados em Queensland (NT: um estado da Austrália). Segundo a Sporting Shooters Association of Australia, o número de seus afiliados saltou de 10 mil para 50 mil, apenas no mês de março passado.

O inspetor Mike Crowley, do departamento de licenciamento de armas da polícia de Queensland, disse que esses dados não revelam se as armas usadas (nos crimes) eram registradas ou não. (...)

A ministra da justiça, senadora Amanda Vanstone, declarou ontem que esses dados não refletem totalmente a realidade. "Os dados não são representativos porque abrangem o período de implementação da lei nacional. O período de recompra das armas terminou apenas em setembro de 1997 e as estatísticas não indicam os tipos de armas usadas". (NT: na Austrália não houve confisco e sim uma recompra das armas pelo governo).

"O que podemos afirmar é que graças a nova lei de âmbito nacional, existem hoje menos 640 mil perigosas armas semi-automáticas na comunidade" disse ela. (...)

O número de armas de fogo empregadas em agressões de cunho sexual também foi maior em 1997 que nos anos anteriores em Queensland.

Um pesquisa realizada pelo governo estadual descobriu que 49% dos cidadãos de Queensland não estavam satisfeitos com a nova lei de armas, enquanto 46% a aprovavam e 5% não sabiam.
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COMENTÁRIO:
A declaração da ministra da justiça da Austrália é típica dos anti-armas obtusos: o que importa é o número de armas recolhidas e não se a criminalidade ou o número de vítimas diminuiu - isso é apenas um detalhe.

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