ADVOGADOS, ARMAS E DINHEIRO.
divulgado em 27/FEV/99
Editorial do jornal New York Post de 15/fev/99
Existe uma questão fundamental a ser respondida após o longo e confuso veredicto do tribunal nova-iorquino que considerou alguns fabricantes de armas responsáveis pelos ferimentos causados pelo uso ilegal de seus produtos: Deve ser a Glock processada pelos sobreviventes de Amadou Diallo (NT – incidente onde a polícia matou e feriu inocentes) por causa do uso negligente de seus produtos pelo Departamento de Polícia de Nova Iorque?
Esta é a lógica do veredicto do Brooklyn, uma mistura confusa de culpabilidade e exclusão, que parece contemplar os ferimentos de uma única vítima – aquele que levou um tiro na cabeça num (aparente) acidente! Nós sabemos o que os advogados e os anti-armas estão pretendendo: abrir a temporada de caça aos fabricantes de armas e, eventualmente, acabar com a posse legal de armas tornando-as praticamente impossíveis de ser adquiridas.
A teoria por trás do caso é que os fabricantes de armas, de alguma forma, sobrecarregaram nos suprimentos aos estados do sul (que possuem leis de armas menos rigorosas), maquiavelicamente sabendo que essas armas seriam revendidas a criminosos em estados tais como Nova Iorque.
Como já foi dito, essa colocação destrói o princípio da responsabilidade individual. O juiz permitiu aos queixosos argumentarem com um novo conceito legal chamado “culpabilidade coletiva”, o que foi necessário para este caso, dado que nenhum fabricante de armas pode ser vinculado a alguma das sete vítimas. Assim, o júri encontrou 15 fabricantes coletivamente negligentes nos sete casos apresentados e nove deles coletivamente imputáveis em três dos casos.
Sem dúvida, o veredicto jogou gasolina nos esforços de algumas cidades, tais como Nova Orleans e Chicago, em processar os fabricantes de armas pelos mortos e feridos supostamente causados – vejam só – pela falha dos fabricantes em instalar equipamentos de segurança que ainda não existem.
E em nenhum lugar no processo está escrito que a cidade de Nova Orleans é uma grande distribuidora destas armas “inseguras”. Recentemente Nova Orleans vendeu mais de 8000 armas confiscadas pela polícia para um negociante particular que revendeu, pelo menos a metade delas, em outras partes do país.
De fato, armas são projetadas para ferir e matar, mas elas têm um uso legítimo: a auto defesa contra os predadores. Pesquisas feitas com criminosos cumprindo pena mostraram, repetidamente, que o maior pesadelo dos malfeitores não é a polícia, mas sim uma vítima armada.
Ninguém fala sobre o maior problema de dificultar o acesso às armas. Enquanto os criminosos sempre encontrarão um meio de obtê-las, o mesmo não acontecerá para os cidadãos comuns, que só querem proteger a si e suas famílias.
Como qualquer ferramenta, as armas podem ser mal utilizadas. Quando usadas com responsabilidade, são ameaça apenas para os criminosos.
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