Publicado em The Australian, 16/mar/99
Por Trudy Harris - repórter político

O partido Nação Única (One Nation) lançou ontem sua campanha para as próximas eleições de Nova Gales do Sul com a proposta de garantir o direito de ter armas e juros de 2% para a agricultura.

O partido prometeu que os proprietários de armas não serão forçados a registrar suas armas longas e que, em certas situações, não será exigido que as armas fiquem trancadas. Uma revisão do Ato Regulatório das Armas será realizada, assim como plebiscitos sobre a pena de morte e privatização.

A Nação Única pleiteará A$300 milhões para a criação de um fundo de financiamento a fazendeiros, fabricantes e comerciantes. Esse fundo será o precursor de um banco popular nacional que trabalhará com uma taxa de juros baixa e fixa.

O diretor do partido, David Oldfield, declarou ontem que o povo também tem o direito de usar força letal - desde que justificada - para defesa própria e do lar.

A maioria dessas propostas é similar àquelas apresentadas na eleição de Queensland no ano passado, quando o partido conquistou onze cadeiras.

"Nós acreditamos que o cidadão tem o direito de usar uma arma de fogo na defesa de sua pessoa, família ou negócio," declarou Oldfield. (...)

A líder do partido, Pauline Hanson, que esteve em campanha por todo o estado, estava presente mas não discursou para os correligionários.

O partido está disputando 88 cadeiras na câmara baixa e apresenta cinco candidatos para a câmara alta.

Prevê-se que Oldfield, que encabeça a chapa, seja eleito após acordos de preferência com outros 10 partidos menores. Enquanto isso, as chances da Nação Única obter a cadeira de Monaro aumentaram ontem após a declaração do representante independente, Frank Pangano, de que ele não iria apoiar ninguém. (...)
------------------------------------------------------------